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COLELITÍASE

A colelitíase é a presença de cálculos (pedras) na vesícula biliar, órgão localizado junto ao fígado, responsável pelo armazenamento e concentração da bile, uma auxiliar da digestão. Trata-se de uma condição frequente, especialmente em mulheres, pessoas com sobrepeso, histórico familiar ou após rápidas perdas de peso.


Muitos casos são assintomáticos, sendo descobertos em exames de rotina. No entanto, quando há obstrução dos canais biliares, os sintomas incluem dor intensa no lado direito do abdome (cólica biliar), náuseas, vômitos, distensão abdominal e, em casos mais graves, febre e icterícia.


O diagnóstico é feito principalmente por ultrassonografia, sendo a colecistectomia videolaparoscópica (retirada da vesícula “por vídeo”) o tratamento de escolha nos casos sintomáticos e na maioria dos casos assintomáticos, por conta do risco de complicações, como colecistite, pancreatite ou colangite.


A cirurgia é segura, minimamente invasiva e geralmente tem recuperação rápida. A avaliação precoce com um cirurgião do aparelho digestivo é fundamental para evitar complicações e indicar o melhor momento para a intervenção.

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HÉRNIAS

As hérnias abdominais são caracterizadas pela protrusão de um órgão ou tecido através de uma área enfraquecida da parede abdominal, formando uma saliência visível ou palpável. Essa condição pode ocorrer em diferentes regiões do abdome, sendo mais comum nas áreas inguinal, umbilical e em cicatrizes de cirurgias anteriores (hérnias incisionais).


A origem das hérnias está geralmente relacionada a uma combinação entre fraqueza da parede abdominal e aumento da pressão intra-abdominal. Fatores como obesidade, esforço físico intenso, tosse crônica, gestação e histórico de cirurgias prévias aumentam o risco de desenvolvimento de hérnias. Na maioria dos casos, o paciente percebe um abaulamento local, que pode vir acompanhado de dor ou desconforto, especialmente durante atividades físicas. Em situações mais graves, como no encarceramento ou estrangulamento do conteúdo herniário, pode haver dor intensa, náuseas, vômitos e risco de isquemia tecidual — um quadro que exige intervenção imediata.


O diagnóstico é clínico na maior parte dos casos, podendo ser confirmado com exames de imagem como a ultrassonografia ou a tomografia, principalmente em hérnias de localização incomum ou em pacientes com maior volume abdominal. O tratamento definitivo é sempre cirúrgico, podendo ser realizado por técnica aberta ou por videolaparoscopia, com ou sem o uso de telas sintéticas para reforço da parede abdominal. A escolha da abordagem depende do tipo de hérnia, das características clínicas do paciente e da experiência do cirurgião.


Com o tratamento adequado, o prognóstico costuma ser excelente. A prevenção de recidivas inclui medidas como controle do peso, fortalecimento da musculatura abdominal, tratamento de fatores que aumentam a pressão intra-abdominal e cuidados específicos no pós-operatório de cirurgias abdominais.

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CÂNCER DE INTESTINO

O câncer de intestino, mais conhecido como câncer colorretal, é uma neoplasia que acomete o intestino grosso (cólon) e/ou o reto, frequentemente originada a partir da transformação de pólipos. É uma das principais causas de mortalidade por câncer no Brasil e no mundo, com incidência crescente, mesmo em pacientes abaixo dos 50 anos.


Clinicamente, pode ser assintomático nas fases iniciais. Quando presentes, os sintomas incluem alteração do hábito intestinal (diarreia ou constipação), hematoquezia, dor abdominal, anemia ferropriva e perda de peso.


Fatores de risco incluem idade avançada, histórico familiar, dieta rica em carnes processadas e pobre em fibras, obesidade, tabagismo, etilismo e doenças inflamatórias intestinais crônicas.


O diagnóstico é realizado por colonoscopia com biópsia, sendo o exame também indicado, na população geral, para rastreamento a partir dos 45 anos, segundo diretrizes atuais. O estadiamento é feito por exames de imagem, como tomografia e ressonância.
O tratamento depende do estágio da doença e pode envolver ressecção cirúrgica, quimioterapia e, em casos selecionados, radioterapia.


O prognóstico é diretamente relacionado ao diagnóstico precoce, o que reforça a importância dos programas de rastreamento populacional.

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HEMORROIDA

As hemorroidas são vasos naturais do canal anal que, quando inflamadas ou dilatadas, causam sintomas como dor, sangramento, coceira, desconforto e, em alguns casos, exteriorização das veias. Nesses casos, chamamos de doença hemorroidária. Trata-se de uma condição comum, que pode afetar pessoas de diferentes faixas etárias e interfere significativamente na qualidade de vida.
As causas mais frequentes incluem esforço excessivo para evacuar, constipação (“prisão de ventre”) crônica, permanência prolongada no vaso sanitário, obesidade, sedentarismo, gestação e alimentação pobre em fibras. As hemorroidas podem ser classificadas em internas ou externas, com diferentes graus de gravidade.


O diagnóstico é feito por meio de avaliação clínica e, se necessário, exames complementares como anuscopia ou colonoscopia para descartar outras doenças do reto e do intestino grosso.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


O tratamento varia conforme o grau e os sintomas, podendo incluir mudanças na dieta, uso de medicamentos tópicos e orais, cirurgia ou procedimentos menos invasivos, como ligadura elástica. Em casos mais avançados, o tratamento cirúrgico é a melhor alternativa para alívio definitivo dos sintomas. Em qualquer um dos tratamentos adotados, o banho de assento é um grande aliado para alívio de sintomas.


A avaliação com um cirurgião especializado é fundamental para indicar o melhor tratamento, aliviar o desconforto e evitar complicações como trombose hemorroidária ou sangramentos crônicos.

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FÍSTULA PERIANAL

A fístula perianal é um trajeto anormal que se forma entre o canal anal e a pele ao redor do ânus, geralmente como complicação de um abscesso anal que drenou espontaneamente ou foi tratado. Esse trajeto fibroso mantém uma comunicação persistente entre a parte interna do reto e o meio externo, favorecendo infecções recorrentes.


Os principais sintomas incluem dor local, saída de secreção purulenta ou sanguinolenta persistentes (umidade/secreção frequente nas roupas íntimas), inchaço e, em casos crônicos, irritação da pele perianal. O diagnóstico é clínico, mas pode ser complementado com exames como ultrassonografia endoanal ou ressonância magnética pélvica, especialmente em fístulas complexas ou em pacientes com doença de Crohn.


O tratamento é essencialmente cirúrgico. As técnicas variam de acordo com o tipo e complexidade da fístula, incluindo fistulotomia, colocação de fio seton, retalhos avançados ou procedimentos com cola biológica e laser. O objetivo é erradicar o trajeto sem comprometer a função do esfíncter anal.


A abordagem precoce reduz o risco de recidivas e complicações, como incontinência ou infecções persistentes.

 

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CONSTIPAÇÃO CRÔNICA

A constipação crônica, conhecida popularmente como prisão de ventre, acontece quando a pessoa tem dificuldade para evacuar de forma regular por um período prolongado. O problema não é só evacuar poucos dias na semana (geralmente menos de 3 vezes), mas também fezes ressecadas, esforço excessivo para evacuar, sensação de evacuação incompleta ou até mesmo a necessidade de usar manobras para facilitar a saída das fezes.

Os sintomas mais comuns incluem: inchaço abdominal, dor ou desconforto na barriga, fezes endurecidas e sensação de que “ainda sobrou alguma coisa” mesmo depois de ir ao banheiro. Quando esses sintomas duram mais de três meses, já podemos considerar uma constipação crônica.

Ela pode ser classificada basicamente em dois tipos: constipação funcional (quando não há uma doença estrutural ou inflamatória causando o problema) e constipação secundária (que é consequência de outras doenças, como hipotireoidismo, Parkinson ou diabetes). 

As causas da constipação são multifatoriais e incluem dieta pobre em fibras, baixa ingestão hídrica, sedentarismo, uso crônico de medicamentos (opioides, antidepressivos, antiácidos com alumínio), alterações hormonais (hipotireoidismo, diabetes), distúrbios neurológicos e fatores psicossociais.

A constipação pode estar associada à Síndrome do Intestino Irritável (SII), que é uma condição que altera o funcionamento do intestino, provocando dor abdominal associada a períodos de constipação, diarreia ou ambos. A SII é uma causa comum de constipação crônica e muitas vezes vem acompanhada de alterações no humor, como ansiedade ou estresse.

Um instrumento útil para avaliar as fezes é a Escala de Bristol, que classifica os tipos de fezes em sete categorias. Os tipos 1 e 2 indicam fezes ressecadas e difíceis de eliminar (características de constipação), enquanto os tipos 6 e 7 indicam fezes moles ou líquidas (próximas da diarreia). O ideal é que as fezes estejam entre os tipos 3 e 4, que são mais macias e fáceis de evacuar.

Na investigação das causas, uma boa consulta médica pode ser suficiente, mas algumas vezes, exames complementares podem ser necessários, especialmente em casos refratários, como tempo de trânsito cólico, defecografia e manometria anorretal.

O tratamento envolve mudanças no estilo de vida (aumento da ingestão de fibras e líquidos, atividade física regular), uso de laxativos sob orientação médica, fisioterapia pélvica com biofeedback para disfunção evacuatória e, em casos graves, avaliação cirúrgica. A abordagem individualizada é fundamental para restaurar a qualidade de vida do paciente.

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DOENÇA DIVERTICULAR
DO CÓLON

A doença diverticular dos cólons é caracterizada pela formação de divertículos (pequenas bolsas ou saculações) que se projetam para fora da parede do intestino grosso, principalmente no cólon sigmoide. É uma condição comum, especialmente em indivíduos acima dos 50 anos (“cabelos brancos do intestino”), e está associada a fatores como dieta pobre em fibras, constipação crônica e enfraquecimento da musculatura cólica. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Na maioria dos casos, os divertículos são assintomáticos — quadro conhecido como diverticulose. No entanto, 4% a 15% das pessoas podem desenvolver inflamação (diverticulite aguda), que costuma ser um quadro leve, mas em casos mais graves, evolui para perfuração, abscessos e/ou fístulas. Os sintomas da diverticulite incluem dor abdominal (geralmente no quadrante inferior esquerdo), febre, náuseas e alteração do hábito intestinal.


O diagnóstico é feito por tomografia computadorizada durante episódios agudos ou por colonoscopia em fases estáveis, para avaliação da extensão e exclusão de outras patologias.


Outros 5% a 15% das pessoas podem apresentar sangramento, que costuma ser súbito, em grande volume e indolor.
O tratamento varia conforme a gravidade: casos leves podem ser manejados com antibióticos e dieta leve; casos complicados podem exigir hospitalização, drenagem de abscessos ou até intervenção cirúrgica. A adoção de uma alimentação rica em fibras e hábitos saudáveis é fundamental na prevenção da progressão da doença e de novos episódios.

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CISTO PILONIDAL

O cisto pilonidal é uma inflamação crônica que afeta a pele e o tecido subcutâneo, geralmente localizada na região sacrococcígea (próxima ao cóccix, na região do sulco entre as nádegas). Durante muito tempo se acreditava que era uma condição congênita (presente desde o nascimento), mas hoje se sabe que a maioria dos casos é adquirida — ou seja, surge ao longo da vida, especialmente após a puberdade. Isso acontece quando pelos se encravam e penetram na pele, provocando uma reação inflamatória. Com o tempo, isso pode formar um cisto ou pequenos túneis sob a pele, que podem infeccionar.

Os principais sintomas incluem dor local, inchaço, vermelhidão, calor e, muitas vezes, saída de secreção purulenta ou com sangue por pequenos orifícios na pele. Em crises agudas, a dor pode ser intensa, dificultando sentar, caminhar ou até dormir.

​​​O diagnóstico costuma ser feito com um exame físico simples. O médico observa a presença de orifícios, pelos encravados e sinais de infecção. Exames de imagem como ultrassom ou ressonância são raramente necessários, mas podem ajudar em casos mais complexos.

O tratamento depende da fase da doença. Se houver infecção aguda com formação de pus (abscesso), o primeiro passo é drená-lo. Para casos crônicos ou recorrentes, é indicada cirurgia para remover completamente o cisto e os trajetos inflamados. Após o procedimento, é essencial manter a região limpa e, se possível, sem pelos, para evitar novas crises.

Apesar de ser desconfortável e, por vezes, recorrente, o cisto pilonidal tem bom prognóstico quando tratado corretamente.

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ENDOMETRIOSE INTESTINAL

A endometriose intestinal é uma forma profunda da endometriose, em que o tecido endometrial — normalmente presente apenas no útero — se implanta e cresce na parede do intestino, especialmente no reto e no sigmoide. Essa infiltração pode causar inflamação local, aderências e até obstrução parcial da luz do intestino.


Os sintomas variam de acordo com a profundidade e localização das lesões, mas comumente incluem dor pélvica cíclica, dor ao evacuar (especialmente durante a menstruação), alterações no hábito intestinal (constipação, diarreia, distensão abdominal), sangramento retal cíclico e, em casos mais graves, sinais de obstrução do intestino.


A suspeita diagnóstica ocorre em mulheres em idade fértil com dor pélvica refratária e sintomas gastrointestinais. A confirmação é feita por exames de imagem especializados, como a ressonância magnética pélvica com preparo intestinal ou ultrassonografia transvaginal com preparo, e, em alguns casos, por videolaparoscopia diagnóstica.


O tratamento pode ser clínico, com uso de terapias hormonais para suprimir a atividade do tecido endometrial, ou cirúrgico, quando há comprometimento intestinal significativo ou falha da abordagem medicamentosa. Nos casos cirúrgicos mais simples, é possível retirar apenas a lesão superficial (shaving). Em situações mais graves, pode ser necessária a ressecção de um segmento do intestino seguida de sua reconexão (anastomose).


A cirurgia visa remover as lesões e restaurar a função intestinal, sendo muitas vezes necessária uma equipe multidisciplinar.

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ESTEATOSE HEPÁTICA

A esteatose hepática, ou fígado gorduroso, é o acúmulo anormal de gordura nas células do fígado. Embora seja comum e muitas vezes assintomática, pode evoluir para quadros graves como esteato-hepatite, fibrose, cirrose e até câncer de fígado.
As principais causas incluem obesidade, diabetes tipo 2, colesterol alto, sedentarismo, má alimentação e consumo excessivo de álcool. O diagnóstico geralmente é feito por exames de imagem e laboratoriais, e o tratamento envolve mudanças no estilo de vida, controle de doenças associadas e, em alguns casos, medicamentos.


O acompanhamento clínico e por uma equipe multidisplinar, incluindo o cirurgião do aparelho digestivo, é essencial nos casos avançados ou quando há suspeita de complicações, como nódulos hepáticos ou cirrose. A avaliação precoce pode evitar a progressão da doença e preservar a saúde do fígado.

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DOENÇAS DO REFLUXO

A doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) acontece quando o conteúdo do estômago — principalmente ácido — volta para o esôfago com frequência, provocando sintomas como queimação no peito (azia), gosto amargo na boca, arroto frequente, tosse seca ou sensação de “bolo na garganta”. Em casos mais graves, pode causar inflamação no esôfago (esofagite), feridas e até dificuldade para engolir. Em longo prazo, o refluxo não tratado pode causar esofagite erosiva, estenose esofágica, esôfago de Barrett e aumento do risco de câncer de esôfago.

O diagnóstico costuma ser feito com base nos sintomas. Mas, quando necessário, o médico pode solicitar exames como endoscopia digestiva, pHmetria (que mede o refluxo ácido por 24 horas) e a manometria esofágica (que avalia os movimentos do esôfago e a força do esfíncter inferior).

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O tratamento geralmente começa com mudanças no estilo de vida (como evitar comidas gordurosas, álcool e refeições pesadas à noite), perda de peso e uso de medicamentos que reduzem a acidez do estômago, como os inibidores de bomba de prótons (omeprazol, pantoprazol, etc.).

Mas em alguns casos, a cirurgia é indicada. Isso acontece quando:
   •    Os sintomas não melhoram com os remédios;
   •    A pessoa depende do uso contínuo de medicamentos;
   •    Há complicações como esofagite grave, estenose (estreitamento do esôfago) ou esôfago de Barrett;
   •    O refluxo atrapalha muito a qualidade de vida;
   •    O paciente não quer ou não pode tomar remédios por longo prazo.

A cirurgia mais comum é a fundoplicatura laparoscópica, um procedimento minimamente invasivo em que o médico reforça a válvula natural do esôfago enrolando a parte superior do estômago ao redor da entrada do esôfago. Isso ajuda a impedir que o ácido volte. A cirurgia costuma ter ótimos resultados, com alívio duradouro dos sintomas e boa recuperação.

Se feita por equipe experiente, a cirurgia é segura e eficaz — e pode devolver bem-estar a quem sofre com refluxo persistente.

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TUMORES DE PARTES MOLES (LIPOMAS E SARCOMAS)

Tumores de partes moles são neoplasias que se originam em tecidos não epiteliais, como músculos, gordura, tendões, vasos sanguíneos, nervos e tecido conjuntivo. Eles podem ser benignos ou malignos, sendo os lipomas e os sarcomas os principais representantes de cada grupo, respectivamente.


Lipomas são tumores benignos de origem adiposa, geralmente indolores, de crescimento lento e bem delimitados. São frequentemente encontrados no tronco, pescoço e membros, sendo raramente indicativos de malignidade. O tratamento costuma ser cirúrgico apenas em casos de dor, crescimento acelerado, alteração estética significativa ou dúvida diagnóstica.
Sarcomas, por outro lado, são tumores malignos raros e potencialmente agressivos. Podem surgir em qualquer parte do corpo, mas predominam nos membros e no retroperitônio. Apresentam comportamento infiltrativo, risco de metástase hematogênica (especialmente para pulmões) e exigem abordagem multidisciplinar. O diagnóstico envolve exames de imagem (como ressonância magnética) e biópsia para confirmação histológica.


O tratamento dos sarcomas geralmente combina cirurgia oncológica com margens amplas, radioterapia e, em alguns casos, quimioterapia. O prognóstico depende do subtipo histológico, tamanho tumoral, grau de diferenciação e presença de metástases. O acompanhamento contínuo é essencial devido ao risco de recidiva local ou à distância.

Os tumores de partes moles são nódulos ou massas que surgem nos tecidos que envolvem os órgãos do corpo, como músculos, gordura, nervos e vasos. Os lipomas são os mais comuns e, felizmente, quase sempre são benignos — ou seja, não causam risco à vida. Já os sarcomas são tumores mais raros e podem ser malignos, com potencial de crescimento agressivo e até de se espalhar para outros órgãos (metástases).

Os lipomas geralmente aparecem como nódulos moles e indolores sob a pele, que crescem lentamente. Normalmente não causam sintomas, a não ser por desconforto estético ou compressão de estruturas próximas. Já os sarcomas costumam ser nódulos mais firmes, que podem crescer rapidamente e, em alguns casos, causar dor, inchaço ou alterações na função do membro afetado.

O diagnóstico começa com o exame físico e, em muitos casos, são solicitados exames como ultrassonografia, ressonância magnética ou tomografia para avaliar melhor o tamanho e as características da lesão. Quando há suspeita de malignidade, pode ser indicada uma biópsia, que é a retirada de um pequeno pedaço do tumor para análise no laboratório.

A cirurgia é o principal tratamento para esses tumores. No caso dos lipomas, a remoção cirúrgica é indicada quando eles são dolorosos, crescem muito ou incomodam esteticamente. O procedimento costuma ser simples e muitas fezes é feito com anestesia local, principalmente quando o nódulo está superficial.

No caso dos sarcomas, a cirurgia é ainda mais importante. A remoção deve ser feita com margem de segurança, retirando não apenas o tumor, mas também uma área de tecido ao redor para garantir que não fiquem células doentes. Dependendo do caso, pode ser necessário associar radioterapia ou quimioterapia, antes ou depois da operação, para reduzir o risco de recidiva.

Por isso, é essencial procurar um médico especializado sempre que notar um “caroço novo”, que cresça rapidamente ou cause dor. O diagnóstico precoce faz toda a diferença, principalmente nos casos de tumores malignos.

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